No dia de ontem, 13 de julho, a Prefeitura de Manaus realizou o lançamento do Plano de Gestão de Trânsito (2010-2012), evento realizado no auditório da Prefeitura, localizado no bairro da Compensa, com a participação do Prefeito da Cidade, Secretários Municipais, autoridades de trânsito e da sociedade civil, imprensa em geral e convidados.
Coube a mim, como integrante do corpo técnico da Secretária Municipal de Infraestrutura – SEMINF e participante da elaboração do Plano, a apresentação do Plano de Gestão, que teve início às 10:00h e durou aproximadamente uma hora e meia.
O trabalho levado para apresentação teve a preocupação de seguir um roteiro bastante didático, de maneira que permita a compreensão de todos, abordando conceitos básicos de trânsito, o diagnóstico realizado em vários pontos da cidade (principalmente na zona Sul e Centro Sul da cidade), as soluções previstas para os problemas de trânsito, as áreas de atuação prioritária, os programas que compõem o plano e um cronograma de ação, com datas estabelecidas até 2012.
Falar e tratar de trânsito nos dias atuais na cidade, não pode ocorrer sem antes entender e levar em consideração o estado em que se encontra Manaus nas suas estatísticas de população, veículos e vias. A cidade está com aproximadamente 2 milhões de habitantes, sendo considerada a oitava maior cidade brasileira em números de pessoas, ficando atrás de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Curitiba. Da mesma forma crescente, Manaus já se aproxima dos 500mil veículos circulando pelas vias da cidade, resultando uma proporção de um veículo para cada quatro habitantes. Essa quantidade de veículos em circulação pela cidade, com um sistema viário comprometido em certos aspectos, passa a ser comum a convivência com conflitos gerados pela necessidade de deslocamentos das pessoas entre as regiões da cidade, gerando congestionamentos e desordens de tráfego, um caos generalizado.
A necessidade de deslocamento das pessoas na cidade é que faz surgir o trânsito. Com isso, podemos afirmar que o trânsito é feito por pessoas, que possuem todo o direito de ir e vir com segurança, seja este realizado a pé, de automóvel, de ônibus, de bicicleta ou outro meio de locomoção. O direito das pessoas em possuir acesso a bens e serviços, a um transporte público eficiente e de qualidade, de freqüentar espaços públicos como praças, parques, de circular por ruas e avenidas bem sinalizadas e seguras, devem ser preservadas.
O Plano de Gestão de Trânsito desenvolvido pela prefeitura possui como premissa básica a busca pelo equilíbrio no trânsito, adotando uma base sólida envolvendo Educação, Fiscalização e Engenharia. Para isso é fundamental desenvolver um trabalho de forma organizada e participativa, ouvindo a população e suas entidades representativas. A equipe da SEMINF já realizou antes mesmo da apresentação do plano, reuniões com a Associação Comercial do Amazonas, Federação Comercial do Amazonas, Clube dos Diretores Lojistas de Manaus, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, Vereadores, e Associação dos Taxistas, onde foram expostas as ações e a necessidade de que todas as ações devem ocorrer colocando sempre o interesse da cidade acima de interesses pessoais ou corporativos. Em todos os encontros esse foi um aspecto aceito e respeitado, um sinal de que a população clama por soluções.
O Plano de Gestão de Trânsito contempla sete programas: Estacionamento Legal, Pedestre Vivo, Orientação para o Trânsito, Semáforos Inteligentes, Tratamento de Pontos Críticos, Operação Cidadão e Educação para o Trânsito. Dentro do possível buscarei em outro momento explicar cada um desses programas, procurando esclarecer e informar cada ação.
O que se tem como destaque é que um grande passo foi dado pelo poder público municipal. A caminhada para a solução completa dos problemas de trânsito é longa, exige um trabalho que deve ser realizado de forma permanente, uma vez que a questão do trânsito é tema que exige esforço diuturno e ininterrupto. Mas há de se começar, como começou, mediante o lançamento e o compromisso firmado pela prefeitura com este evento. A população espera dias melhores no trânsito, trânsito este que haveremos de conviver, sempre, pois é uma necessidade na vida urbana.
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Pensando em colaborar com as melhorias. Deveriam fechar urgentemente a Av. Paraiba (sei q mudou de nome, acredito ser Humberto Calderaro) os canteiros centrais possuem passagens para pistas duplas, que acomete a segurança dos motoristas e pedestres, inclusive gerando um fluxo confuso quem segue em direçao ao viaduto Antonio Simoes. Isso é um absurdo, herança de uma Manaus atrasada que nao reflete a mentalidade que se instala no momento de grandes obras e grandes nomes perpetuando a politica local. Nos ajudem!
ResponderExcluirGilliane, concordo com você, não faz sentido o canteiro central na Av. Paraíba (pode chamar assim, a tradição é mais importante que homenagens políticas, eu teria feito a homenagem a uma nova via, mas...). A única coisa que eu penso é, não temos calçadas laterais, ou seja, os canteiros centrais são nossa única esperança para a permanencia das árvores!
ResponderExcluirEm relação ao Centro Antigo eu tenho uma opinição, ela não é igual ao restante da cidade, o centro precisa de plano próprio.
Qualquer discusão ou reflexão, sobre a questão mobilidade urbana, não pode se furtar de considerar questões como: tecnologia que envolvem os meios de transportes, a infra estrutura viária, o controle do transito; a gestão urbana que trabalha com a definição da localização de atividades, com a qualidade do espaço construído, com a fiscalização e controle do funcionamento das atividades urbanas e de seus cidadãos; e com o comportamento dos indivíduos -ligado diretamente à liberdade de ir e vir, suas aspirações e o conceito de qualidade de vida da sociedade atual.
ResponderExcluirRosângela de Paula Arruda.
30 de julho de 2010
É lamentável uma cidade como Manaus não ter praticamente nenhuma sinalização horizontal e vertical. Avenidas como Constantino, Franceses e Torquato Tapajós não têm absolutamente nenhuma sinalização horizontal. Nem uma linha amarela os Franceses possui. Sem contar com o péssimo asfalto. Se avenidas desse porte estão nessas precárias condicões, imagine então as vias menos importantes da cidade.
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