O fato de elevar uma localidade denominada como Comunidade para a categoria Bairro, não significa que a infraestrutura local irá mudar de imediato. Levar infraestrutura significa ter recursos disponíveis para novos investimentos e isso todos sabemos que o governo municipal possui grandes dificuldades em solucionar todos os problemas que a cidade possui nas áreas de saúde, educação, transporte, limpeza pública, abastecimento de água, coleta de lixo etc.
No último dia 14 de janeiro foram criados sete novos bairros na cidade. E de imediato a população moradora dessas localidades, geralmente comunidades originadas de ocupações irregulares, entende que finalmente a falta de infraestrutura será resolvida.
Mas não é bem assim. Vale ressaltar que todas essas comunidades (com exceção do Distrito Industrial II) já estavam inseridas na área urbana de Manaus, logo, pertencentes aos bairros ora existentes. O que fez essa localidade não receber obras de infraestrutura é justamente a falta de recursos suficientes para resolver os problemas locais que tanto dificultam a vida da população.
Simplesmente o fato de colocar no papel a criação de novos bairros, é longe a afirmativa de que os problemas da localidade se esgotaram ou que estão com os dias contados para acabar. O que pode ajudar, e muito, é quando a administração pública faz a distribuição dos novos investimentos proporcionalmente a quantidade de bairros da cidade, onde nenhum bairro da cidade deixa de ganhar um novo equipamento comunitário ou melhorias de infraestrutura urbana. Nesse caso, um bairro que antes de ser dividido ganharia apenas uma obra, poderá ganhar, com a divisão, duas obras no mesmo espaço físico da cidade.
Como recursos de receita própria são insuficientes para liquidar os problemas da cidade, a busca de recursos externos se faz obrigatória na administração pública, onde órgãos estaduais, federais, internacionais e privados são considerados alternativos na ajuda pelas soluções dos problemas.
Na luta pela busca de novos recursos, a população tem um papel fundamental e de extrema importância: não criar novos problemas para a cidade e desfrutar, com responsabilidade e zelo, da infraestrutura já adquirida e proporcionada.
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