Analisando as possibilidades de atrações e locais que existem atualmente para um turista visitar em Manaus, podemos colocar nos dedos da mão as boas atrações que a cidade detém e nos faltariam dedos para colocar as péssimas atrações.
É grande a preocupação da FIFA em relação aos atrativos turísticos das cidades sede da Copa do Mundo. Não é por menos, pois um turista passa apenas 90 minutos num estádio assistindo a uma partida de futebol, enquanto que o restante do tempo ele irá passar fora dele. O turista precisa preencher o seu tempo entre as partidas de futebol e para isso ele necessita de locais para visitar, para se divertir e para se alojar.
Uma das alternativas de proporcionar ao turista um conhecimento sobre a cidade é o City Tour. No final de fevereiro deste ano tive a oportunidade de realizar um, já utilizando o novo ônibus (Amazon Bus) que Manaus ganhou, nos mesmos modelos utilizados nas melhores cidades européias. No intuito de levar parentes em um passeio pela cidade, contratamos os serviços de uma agência de turismo e embarcamos às 9:00h na Av. Eduardo Ribeiro, ao lado do Teatro Amazonas.
O ônibus confesso que é impecável. Moderno, novo, limpo, climatizado, em dois andares e preparado para nossas chuvas rápidas, pois possui cobertura retrátil. Nosso guia, muito atencioso começou seus serviços logo nos primeiros metros. Falou sobre o prédio do Tribunal de Justiça, Teatro Amazonas, Igreja e Largo de São Sebastião, Monumento de Aberturas dos Portos, nossas riquezas da época da borracha e todo o esplendor da época.
Seguimos pela Rua 10 de Julho até a Av. Getúlio Vargas, rumo ao Centro Antigo. Na Av. Sete de Setembro recebemos informações sobre o Colégio D. Pedro II, a Praça da Polícia e o Comando Militar. Na Av. Eduardo Ribeiro foi a vez da Praça da Matriz, o Relógio Municipal, a Catedral, o prédio dos Correios, a Alfândega e o complexo Portuário. Nota-se que o guia procurou passar todo o seu conhecimento sobre os pontos apresentados e que não lhe faltou assunto.
Seguindo pelas ruas do Centro passamos pela Praça Tenreiro Aranha, Hotel Amazonas, Igreja dos Remédios, Feira da Manaus Moderna e Mercado Adolpho Lisboa. Já deixando a área antiga da cidade nos deslocamos pela Av. Sete de Setembro rumo ao bairro Cachoeirinha, passando pelas Pontes Romanas e pela Ponte Benjamin Constant. Já na Cachoeirinha, observamos a Igreja do Pobre Diabo.
Nosso destino passou a ser a Praça da Suframa (Centro Cultural dos Povos da Amazônia) e como era longe, descemos para o piso inferior para assistir a um vídeo produzido pelo governo municipal que mostra Manaus e seus eventos durante o ano. No Centro Cultural descemos do ônibus, mas nossa visita foi rápida, pois não havia nenhuma atividade funcionando no local, todos estavam de férias.
Do Centro Cultural nos deslocamos para o Parque da Ponta Negra. Um longo deslocamento sem qualquer pronunciamento do nosso guia, que apenas encontrou palavras quando passamos pelo complexo do Estádio Vivaldo Lima, Arena Amadeu Teixeira e Vila Olímpica. Na Ponta Negra, tempo para uma descida até a praia e se encantar com o rio Negro. Da Ponta Negra, direto para o Centro, local de nossa saída.
Fim do passeio.
De tudo fica uma lição. Manaus precisa melhorar muito em seus atrativos. E não é nenhuma novidade dizer que o Centro Antigo precisa de uma regeneração arquitetônica e urbanística, recuperando suas praças, prédios, monumentos e paisagismo urbano. É o nosso principal atrativo histórico. Somente a área do Centro, totalmente recuperada, já pagaria o passeio.
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