quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

REQUALIFICAÇÃO URBANÍSTICA E RECUPERAÇÃO AMBIENTAL DO IGARAPÉ DO BOMBEAMENTO



Em visita ao projeto de Requalificação Urbanística e Recuperação Ambiental do Igarapé do Bombeamento, obra idealizada e executada pelo Governo Estadual através da Secretaria Estadual de Infraestrutura, pode-se constatar como a Zona Oeste de Manaus, em especial o Bairro da Compensa, é carente de espaços públicos que permitam o lazer, a contemplação, a caminhada e o convívio social urbano.


Em se tratando de mais uma obra com a bandeira do PROSSAMIM, nenhuma novidade é constatada além daquela já esperada, dentro dos princípios do programa estadual. Desapropriações realizadas, moradias deslocadas, canalização do igarapé, construção de passarela sobre o leito d’água, implantação de infraestrutura, equipamentos urbanos e comunitários como, pista de caminhada, pergolados, play-ground, mini anfiteatro, quadra de esporte e quiosques. Tudo a disposição da população que ver como uma grande novidade, uma vez que esse tipo de espaço urbano é raro na localidade.




A visita foi realizada dois dias após a entrega da obra. Alguns minutos de visita (não precisa muito) todo o percurso da obra já havia sido realizado. Constatou-se que o espaço estar sendo bastante frequentado, principalmente por pais que levam suas crianças para brincar, lotando o play-ground. Considerando as poucas opções de lazer existente, o espaço recém construído estar sendo invadido pelas atividades informais, que veem no local uma boa alternativa de se ganhar um dinheiro. Somente no momento da visita contaram-se mais de 25 atividades informais dos mais variados tipos e formas, da bijuteria ao salgadinho, passando pelos brinquedos infláveis, monstruosos no tamanho, ocupando grandes áreas que poderiam estar sendo utilizada para circulação das pessoas.


Nada contra as atividades, mas o excesso prejudica a qualidade do ambiente e polui o espaço público, ficando muito difícil a administração do mesmo. E por falar em administração, esse espaço me parece que não terá um gestor próprio, como acontece com o também “irmão projeto” Parque Sen. Jefferson Péres, situação esta que possivelmente estará levando o novíssimo espaço público à depredação antecipada.


Aliás, depredação é o grande problema dos equipamentos e mobiliários públicos das cidades. Uma vez ocorrido, e uma vez que o governo não possui, na sua maioria, políticas de conservação e manutenção de espaços públicos, vão se perdendo a infraestrutura, levando aos altos custos para a sua recuperação e reforma dos mesmos.





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