MONOTRILHO DE MANAUS

Hoje pela manhã, em uma rádio local de Manaus, o titular da pasta da Secretaria de Estado de Planejamento – SEPLAN esclareceu alguns pontos sobre o sistema de transporte coletivo denominado Monotrilho, a ser implantado na cidade nos próximos anos, até a Copa de 2014.

Entre vários pontos levantados, destaco o percurso que o sistema vai adotar na cidade. Conforme informado o monotrilho vai sair do terminal existente próximo a feira do produtor (Zona Norte), na Avenida Camapuã, vai seguir até a Avenida Noel Nutels, passando pelo terminal da Cidade Nova até a Avenida Torquato Tapajós e por esta, seguindo pela Av. Constantino Nery, chegará ao Centro da cidade. O seu percurso de volta é o inverso do trajeto, ou seja, o elevado do monotrilho vai ser nos dois sentidos.

Observando o trajeto, o monotrilho irá percorrer dois grandes eixos viários da cidade, o Corredor Urbano Leste-Oeste e o Corredor Norte-Sul. Com esse trajeto o sistema atenderá diretamente vários bairros, sempre seguindo pelo canteiro central, o que permitiu, segundo o secretário da SEPLAN, uma obra com execução mais rápida e mais barata, pois não vai haver desapropriação de imóveis para a implantação do sistema, com algumas exceções nos terminais de integração do monotrilho com o sistema BRT, a ser implantado pelo governo municipal.

Olhando pela visão econômica o trajeto adotado tudo indica que seja o ideal, mas olhando com a visão da estética urbana e turística, um trajeto mais agradável poderia ocorrer pelas áreas de preservação permanente de nossos igarapés, que geralmente são integrados a alguns fragmentos florestais, o que permitiria uma paisagem mais regional, agradável e com menos poluição visual. Afinal, estamos na Amazônia. Contudo, certamente encontraria barreiras em pensamentos ambientalistas que vêem essa possibilidade um complicador para a proteção dos leitos dos igarapés.

Haverá integração entre os sistemas Monotrilho, BRT e Tradicional, que conforme exposto terá uma tarifa máxima de até R$ 3.50. Espera-se que a qualidade dos veículos utilizados no transporte coletivo e a eficiência do sistema sejam um dos motivos que possa levar os usuários de carros particulares a abandonar o seu automóvel nas garagens residenciais e passar a utilizar o sistema integrado. Com isso, se espera reduzir a quantidade de veículos circulando na cidade e melhorar a fluidez nas vias.

Sinceramente, com um transporte coletivo de qualidade, eficiente e seguro, não vejo a hora de deixar o meu carro na garagem e passar a adotar o novo sistema para deslocamento até o trabalho. Afinal, na ponta do lápis, o cálculo das despesas com combustível e manutenção do automóvel haveriam de ser bem menor. E o velho amigo carro, seria o grande companheiro das horas de lazer.

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