Em discurso nesta quarta-feira (5), o senador Jefferson Praia (PDT-AM) leu o manifesto do Movimento Anticorrupção da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia. Apoiado por conselhos, sindicatos, associações e outras entidades, o manifesto afirma que a corrupção compromete a economia, a gestão pública, o desenvolvimento sustentável, a gestão privada e a democracia.
O manifesto traz dados da organização não-governamental Transparência Internacional, mostrando que a corrupção envolve o comércio internacional de armas, relações público-privadas na área da construção civil, propinas pagas a agentes públicos por empresas privadas e extorsão. O dinheiro desviado pela corrupção poderia ser usado para a redução das desigualdades sociais e na conservação ambiental, argumentam as entidades. Elas acrescentam que a corrupção compromete a qualidade e a segurança de obras e serviços, rebaixa direitos sociais, contribui para a degradação ambiental, impede a concorrência leal, os preços justos e a eficiência no mundo inteiro.
No texto lido pelo senador, os agrônomos, engenheiros e arquitetos se colocam à disposição do país para "discussão, proposição e adoção de medidas que levem ao aperfeiçoamento dos processos de contratação e fiscalização de obras, projetos e serviços nessas áreas". Eles defendem mais transparência em licitações e contratos, o aperfeiçoamento dos mecanismos de controle e fiscalização social e punições rigorosas em casos de comprovada corrupção.
Assinam o manifesto anticorrupção o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia; o Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva; a Câmara Brasileira da Indústria da Construção; o Instituto Brasileiro de Obras Públicas; a Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo; a Associação Brasileira de Engenheiros Agrícolas; a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental; a Associação Brasileira de Engenharia Química; a Federação Brasileira de Geólogos; o Instituto de Arquitetos do Brasil e a Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança, entre outras instituições.
FONTE: AGÊNCIA SENADO
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