Mais uma vez, Manaus vem sendo vítima de mais uma ocupação de terra de forma desordenada, sem qualquer critério de planejamento e ordenamento, colocando em risco e prejudicando o desenvolvimento social e econômico da cidade em todos os aspectos.
É de conhecimento de todos, e não precisa ser especialista para entender, que a invasão é extremamente prejudicial à cidade. Da forma como elas acontecem, há grandes danos ambientais, muitas vezes irrecuperáveis, pois na maioria dessas ocupações há grandes desmatamentos de caráter criminoso, além de que a área ocupada em nada estar preparada para receber uma população que se assenta sem qualquer critério de ordenamento urbano.
A nova invasão que ocorre na área do Tarumã, se consolidada, trará grandes prejuízos ao município, além de aumentar ainda mais a ineficiência dos serviços públicos, hoje prestados pelo poder público com grande dificuldade e insuficiência para a demanda atual existente.
Uma vez consolidado, a Invasão (que já vem sendo chamado de Comunidade José Alencar) terá em seus espaços famílias construindo suas residências em obras sem qualquer critério técnico, certamente sem obediência ao Uso e Ocupação do Solo, Código de Obras e Parcelamento do Solo Urbano, já nascendo sem qualquer atendimento às leis urbanísticas definidas para a nossa cidade. Um caos.
E uma vez construídas e as famílias acomodadas, começará a grande pressão sobre o poder público para a disponibilidade de infraestrutura. A população, já “vivendo”, se achará com o direito de exigir na nova comunidade serviços públicos como Postos de Saúde, Escolas, Praças, Transporte Público, Coleta de Lixo, Iluminação Pública, Abastecimento de Água, Pavimentação, Meio-Fio, Sarjeta, Drenagem, Rede de Esgoto etc., e o Poder Público, já crucificado por não levar esses serviços a outras comunidades já surgidas há muitos anos, se ver impossibilitado de atender mais essa demanda.
Um erro pleno - a própria invasão - que causa a leitura enganosa de um poder público, mesmo que com toda a presteza, que se ver incapaz de atender as demandas de sua população.
Não podemos aceitar que ações desastrosas como as invasões, ocorram em terras urbanas com a simples bandeira justificativa de que a causa de tudo, é a falta de políticas públicas habitacionais. Ora, um erro não justifica o outro. Vamos parar com isso. Me contorço todo ao ouvir uma pessoa, muitas vezes representante do povo, eleito pelo povo, dizer que a culpa é do poder público, tão somente. É muito fácil culpar, sendo que muitas vezes também somos os atores principais de certas cenas de descasos com a cidade, muitos vezes pela simples omissão de nossa parte, com o simples cruzar dos braços.
Não precisa ser especialista para entender o quanto uma invasão é prejudicial à cidade. Certíssimo o juiz da Vara especializada em Mio Ambiente e Questões Agrárias determinando a reintegração de posse do terreno e a retirada dos invasores. Certíssimo o Poder Público, através de órgãos como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Secretaria de Segurança Pública, Tribunal de Justiça do Amazonas e Polícia Civil e Militar, em buscar resolver pacificamente a desocupação da área, fazendo cumprir a ordem de reintegração de posse.
Minha gente, Manaus precisa de seu povo. Precisamos entender que os problemas dela, são problemas nossos, são problemas da sociedade. Lembram daquele dito: Bateu no meu filho... Bateu em mim! É por aí.
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