Do site do SINAENCO.
Nos próximos quatro anos, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai concentrar até 80% de seus empréstimos reservados ao Brasil para financiar projetos relacionados à Copa do Mundo de 2014 nas 12 cidades-sede do evento. Os desembolsos estrangeiros podem ultrapassar os US$ 9 bilhões nos próximos quatro anos, complementando investimentos da União e dos governos estaduais e municipais.
O colombiano Fernando Carrillo-Flórez, representante do BID no Brasil, revela que a maior parte dos recursos servirá para custear projetos de infraestrutura rodoviária, de transporte público e de saneamento básico. "O BID tem programado até 2014 uma carteira de US$ 10 bilhões a US$ 12 bilhões. Até 80% desse montante será dirigido a iniciativas clássicas de infraestrutura e de saneamento", afirma.
Segundo o executivo, o BID definiu, no ano passado, uma agenda de trabalho com as capitais que sediarão a Copa. Além de infraestrutura, o banco distribuirá recursos para ações governamentais temáticas. "No Rio de Janeiro, vamos investir em programas de segurança pública. Em Manaus, teremos a promoção de ações de sustentabilidade. No Ceará, os empréstimos vão incentivar o turismo local. No Rio Grande do Sul, estamos fechando com o governo um sistema de transparência de gastos. São temas novos e cada experiência local pode ser replicada para outra cidade", explica Carrillo-Flórez.
Ele reconheceu que a maioria dos projetos de infraestrutura para a Copa do Mundo está em ritmo lento, mas descartou riscos que possam prejudicar a realização do evento. "Estou seguro de que as dificuldades serão superadas, percebemos grande vontade política, técnica e gerencial para superar os obstáculos", pondera.
Em 2010, o BID aprovou cerca de US$ 2,2 bilhões para ações em todo o país. Desse total, 20% foram emprestados a governos estaduais e prefeituras que aderiram ao programa do banco conhecido por "Profisco", que exige como contrapartida o aprimoramento da gestão fiscal pública.
Neste ano, o banco vai ajudar a União melhorar a eficiência da máquina pública. Segundo Carrillo-Flórez, a instituição vai atuar como agente de cooperação técnica na Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, programa federal comandado pelo empresário Jorge Gerdau Johannpeter. "Já aprovamos um programa de gestão para resultados no setor público, com indicadores de eficiência de gastos orçamentários e capacitação de administradores."
Na área de proteção social, o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, discutirá com a presidente Dilma Rousseff, no segundo semestre deste ano, como a instituição pode atuar no programa Brasil sem Miséria. "Queremos ser um canal para incentivar o setor privado a gerar oportunidades às classes D e E", adianta Carrillo-Flórez.
FONTE: SINAENCO.
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