Fazendo novo comentário sobre o Binário, projeto apresentado pela Prefeitura de Manaus para regeneração do trânsito na área central da cidade, falei em post anterior que para alcançar o objetivo superior do projeto se faz necessário trabalhar três objetivos específicos, já trabalhados pela equipe da Prefeitura: Melhorar o tráfego de veículos em geral, melhorar a operacionalidade do transporte coletivo e melhorar as condições de circulação dos pedestres.
Para implantação do Binário, há necessidade de se criar programas de intervenções, executadas em fases e que podem ocorrer de forma simultânea.
A equipe da Prefeitura fechou o planejamento do Binário em 5 fases. Para iniciar, cito o Programa de Tratamento dos Pontos de Ônibus. É fato que um dos complicadores do trânsito nas avenidas Djalma Batista e Constantino Nery são a forma como operam os transportes públicos na região, seu deslocamento na via, sua parada para embarque e desembarque de passageiros, os abrigos e a acessibilidade que envolve todo esse processo. Tudo se apresenta de forma precária.
Como proposta, há necessidade de se criar baias para parada e operação dos ônibus, fazendo com que eles deixem de “fechar” uma faixa de rolamento, evitando bloqueio do tráfego dos outros veículos, principalmente os de passeio. Da mesma forma há necessidade da instalação de novos abrigos, que realmente protejam os usuários das ações do sol e da chuva, todos combinados com intervenções que melhorem a acessibilidade, como o tratamento das calçadas e passeios públicos.
Alguns exemplos de paradas de ônibus que precisam ser solucionados são as localizadas na Avenida Djalma Batista, como a parada em frente ao Plaza Shopping, Supermercado Carrefour e área bancária, como também as localizadas na Avenida Constantino Nery, como a localizada próximo a Faculdade Fametro e Olímpico Clube.
Solucionando o bloqueio que os ônibus realizam nas vias, sem dúvida nenhuma que o trânsito no local fluirá bem melhor. E solucionando a questão dos pontos de ônibus, seus abrigos e sua acessibilidade com o entorno, grandes melhorias serão alcançados, melhorando consideravelmente o conforto dos que utilizam esse serviço público.
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Claudemir,
ResponderExcluirUma dúvida, na apresentação da Prefeitura, feita recentimente, foram apresentados dois grandes projetos urbanos: o Sistema Binário (SB) e os viadutos e passagens de nível (PN), nas av. Djalma Batista e Const. Nery, mas analisando as imagens cedidas pela pref. os viadutos foram feitos com as av. em sentido duplo, e não no SB, ou seja, um projeto anulava o outro.
Outra dúvida, as passagens de nível na av. Const. Nery estão levando em consideração a tubulação de gás que foram instaladas na mesma, e as colunas do Monotrilho?
O projeto do BRT esta sendo pensado para o SB ou sistema com mão dupla que já existe hoje? Os projetos de BRT, Monotrilho e desenho urbano da cidade precisam ser pensados como um projeto unico, e não individualmente.
Em atenção ao comentário feito pelo Cayo, faço os seguintes esclarecimentos: Os projetos de obra de arte elaborados pela Prefeitura para os cruzamentos Pará/João Valério com a Djalma/Constantino já haviam sido divulgados anteriormente e foram apresentados novamente para informar que a prefeitura estava optando pelo BINÁRIO, um projeto mais abrangente e com custo mais reduzido, com ganhos muito superior aos viadutos previstos.
ResponderExcluirOs projetos do Monotrilho (Governo do Estado) e BRT (Prefeitura) estão sendo elaborados de forma que um complementa o outro, considerando que ambos chegam ao Centro, um pelo trajeto Norte/Leste/Sul (BRT) e o outro pelo trajeto Norte/Oeste/Sul (Monotrilho), fazendo um grande anel viário assistido por transporte de massa.
O Binário, com toda a certeza, deverá ser pensado conforme o que foi definido para o transporte público.
Eu também concordo que o Binário é um investimento muito melhor que os viadutos. Uma sugestão: fazer estudo para alargamento e organização do passeio público nestas vias, temos visto muitos projeto para quem possui transporte individual, quando a maior parte do deslocamento dentro de nossa cidade se faz a pé ou transporte público. Minha sugestão é que ao alargar as calçadas plantemos árvores de grande porte, hoje não temos condições de andar em nossa principal avenida. Tem algo errado niso.
ResponderExcluirEu perguntei sobre as tubulações de gás e colunas do Monotrilho por causa do dinheiro público, não podemos fazer algo hoje para refazer no dia seguinte, tem que haver planejamento.
E, Claudemir, registro aqui meus parabéns pelo site. A discussão e transparência de idéia é rara aqui em Manaus. Continue com o projeto! Eu tenho até a idéia de fazer algo parecido, espero contar com a sua colaboração.
Mais uma sugestão: Eu costumo pesquisar bastante sobre projetos urbanos e políticas públicas. O que eu vejo, especialmente em sites extrangeiros uma abertura maior a divulgação de projetos. Sites das prefeituras de NY, Sidney, Copenhague, SP, Londres, etc, disponibilizam seus projetos urbanos para download, planos de médio e longo prazo, ou seja, transparência! O que é muito justo e inteligente, visto que ao ter acesso a informação a própria população poderia sugerir idéias, como demais profissionais. Um site especial e completo sobre planejamento urbano, da cidade de Manaus, seria perfeito.
Um forte abraço!
Claudemir:
ResponderExcluirComo voce deve lembrar, a luta pela implementação do projeto Binário Constantino/Djalma ora apresentado pela PMM é uma luta antiga nossa e devo parabenizar a Prefeitura pela coragem, em se tratando de uma idéia tão antiga (1993) e nenhum dos administradores anteriores teve a ousadia de levar avante. É inegável o ganho de eficiencia deste projeto em relação ao modelo de mão dupla característico de toda Manaus.
Devo lembrar que a implantação do Binário não invalida a necessidade de implantação das passagens de nível da Pará e João Valério na Constantino, e Viadutos na Djalma essenciais para a dinamica do eixo leste-oeste que hoje cruza o futuro Binário(considerando as Galerias existentes neste ponto da Avenida que inviabilizam a Passagem de Nível que seria urbanisticamente mais agradável).