ARQUITETO EXPLICA PROJETO BRT NA ASSEMBLÉIA

No dia de hoje, 18/06, tive a oportunidade de falar um pouco sobre Transporte Público na Cidade de Manaus, em uma Audiência Pública realizada na Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas, propositura da Deputada Conceição Sampaio. No evento, fui representando a Secretaria Municipal de Infraestrutura – SEMINF, levando para debate no Plenário o projeto do BRT, que está sendo desenvolvido pela Prefeitura.

Segue abaixo texto publicado pela Diretoria de Comunicação da Assembléia, postado no site da instituição, no qual reproduzo neste blog.

Arquiteto explica projeto BRT na Assembléia.

Representando a Seminf (Secretaria Municipal de Infraestrutura), na audiência pública, de autoria da deputada Conceição Sampaio (PP), sobre transporte coletivo a ser implantado na cidade de Manaus, com vista à Copa do Mundo de 2014, o arquiteto urbanista Claudemir Andrade fez uma breve apresentação sobre o projeto BRT (Bus Rapid Transit).

De acordo com o arquiteto, o BRT é apontado como solução de mobilidade urbana para boa parte das cidades que sediarão a Copa de 2014. Em Manaus, a proposta é que o BRT seja mais que uma solução para o transporte urbano, seja um ponto vital de melhoria do sistema viário. Esse projeto foi implantado com sucesso em cidades de países ricos e emergentes, como Londres (ING), Los Angeles (EUA), Nova Delhi (IND), Beijing (CHI), Cidade do México (MEX), Bogotá (COL), Curitiba, entre outros.

Claudemir Andrade trouxe uma apresentação onde mostra o trabalho que a Prefeitura de Manaus vem desenvolvendo em âmbito da Seminf e demais órgãos envolvidos no município em relação ao transporte público municipal.

Para Claudemir, não é novidade para ninguém entender que o transporte público municipal há muito tempo merece uma preocupação de melhoria para proporcionar uma melhor qualidade de vida a todos os usuários que utilizam esse meio público para se deslocar de sua casa para o trabalho, lazer, escola, enfim, utilizar realmente um projeto que envolva um transporte público de qualidade.

Este, segundo o arquiteto Claudemir Andrade, “é um desafio sério, principalmente em termo de tempo, inclusive, para atender às necessidades da Copa do Mundo de 2014, mas que entende-se mais do que nunca, como técnicos que somos, que a Copa do Mundo é apenas um motivo, pois devemos ter como meta essa realidade, aproveitar a oportunidade que está se abrindo para que pós 2014, possamos ter um transporte público integrado e que mantenha toda a modalidade, seja ela qual for, em relação ao monotrilho, BRT, aos táxis, ao transporte público tradicional, às vans, enfim, a todas as modalidades que se apresentarem”.

Para Claudemir, o importante é solucionar não só o transporte público de massa, mas solucionar a questão da modalidade como um todo, envolvendo-se, principalmente, os pedestres, a questão das ciclovias, pois Manaus precisa ter ciclovias implantadas, solucionar, também, a questão do transporte individual, porque, hoje, circular na cidade como aconteceu no jogo de estréia do Brasil na Copa com a Coréia do Norte, quando a maioria das pessoas foi para casa ao meio-dia, causando um grande congestionamento no trânsito da cidade, em função da grande demanda que hoje a cidade possui no transporte particular, em torno de 460 mil veículos.

Traçado do anel viário.

Os investimentos iniciais para a implantação do BRT são de aproximadamente R$ 230 milhões. O traçado do anel viário interligará as zonas Norte, Leste, Sul e parte da Centro-Oeste ao Centro de Manaus por meio de corredores exclusivos nos principais eixos viários de cada zona. Entre esses corredores estão as avenidas Camapuã, Max Teixeira, Torquato Tapajós, Constantino Nery, Avenida das Torres, Grande Circular, General Rodrigo Otávio e via Prosamim (igarapé do 40).

Isso porque as mudanças no sistema viário, decorrentes da implantação do BRT, estão aliadas a um grande projeto de melhoria no trânsito que irá beneficiar veículos leves e pesados com pavimentação de vias, criação de novas pistas, viadutos, passagens de nível e desnível e rotas alternativas de fluxo.

A ideia da Prefeitura de Manaus vai além da Copa. A proposta é tornar o BRT uma solução definitiva, através de um sistema amplo, ordenado e flexível que acompanhe o crescimento urbano e populacional de Manaus. Afinal, um dos benefícios do BRT é a flexibilidade, pois seu atendimento pode ser ampliado ou melhorado sem precisar alterar consideravelmente em sua infraestrutura, sem onerar os cofres públicos.

A Prefeitura estuda a criação de pistas de ultrapassagem nos pontos, a fim de evitar atrasos de linhas e congestionamentos de ônibus durante as viagens. O projeto do BRT prevê ainda terminais de integração, estações de transferência de passageiros e portais, que são grandes terminais rodeados por centros de comércio e serviços – uma alternativa para ‘descentralizar’ o Centro da cidade, onde há maior fluxo de pessoas e, por isso, maior fluxo de ônibus e carros.

projeto também contempla ações voltadas para segurança e o conforto das pessoas que circularem nas áreas onde o BRT será instalado. Haverá intervenções urbanas que proporcionarão microacessibilidade para pedestres e que propõem novas praças e largos.

De acordo com a Associação Nacional de Empresas de Transporte Urbano (ANTU), o BRT é a solução mais indicada para o transporte de massas em superfície e para o atendimento à população em grandes eventos, como uma Copa do Mundo, por exemplo. Nesta Copa de 2010, na África do Sul, nove das 12 cidades-sede estão implantando o BRT. No Brasil, Manaus, Belo Horizonte e Recife já anunciaram o BRT. São Paulo e Curitiba terão seus modelos ampliados para atender às exigências da Fifa. O BRT tem custo operacional mais baixo em relação a outros sistemas conhecidos, como metrô e VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e o tempo de implantação também é menor. Conforme a pesquisa do ANTU, para cada quilômetro de BRT, no Brasil, são gastos entre US$ 5 a 12 milhões.

Fonte: Diretoria de Comunicação da ALE

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