Do portal acrírica.com:
A Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp) registrou um aumento superior a 38% na produção de lixo da capital nos últimos seis anos. Entre 2005 e 2010, o lixo recolhido anualmente em Manaus passou de 972 mil toneladas para 1,98 milhão.
A assessoria do órgão informou que, hoje, são produzidas diariamente em Manaus três mil toneladas. Até o final de 2011, a secretaria deve contabilizar 1,95 milhão de toneladas recolhidas em Manaus, se considerados todos os dias do ano.
Além do crescimento populacional, o aumento é atribuído à expansão da coleta domiciliar e seletiva. Enquanto houve redução nos focos de lixo em terrenos baldios da cidade, a coleta a coleta seletiva foi expandida, e hoje chega a 11 bairros da cidade (70 conjuntos). Para este ano, a previsão é que o aumento seja de 6% na coleta de resíduos domésticos e de 12% na seletiva.
A Semulps está selecionando terrenos em diferentes zonas da cidade para ceder às cooperativas, possibilitando que elas financiem a compra de equipamentos e a construção de galpões onde possam ser beneficiados os itens coletados, agregando valor a eles e gerando emprego e renda. A medida obedece a Lei Federal 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Hoje, o município trabalha em conjunto com doze núcleos, cooperativas e associações de catadores de lixo.
Tempo de vida útil do aterro é de 11 anos
Um projeto feito pela Semulsp para ser entregue à Vara Especializada em Meio Ambiente e Questões Agrárias (Vemaqa) prevê um tempo de vida útil para o aterro de Manaus de 11 anos. O cálculo foi elaborado considerando as condições topográficas do aterro, crescimento da população e tendo como data base janeiro de 2011. As variáveis naturais e exigências do Ministério Público Estadual a partir de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 2006 entre o órgão e o município.
O TAC foi assinado após a Vemaqa ter suspendido a licença ambiental do aterro, controlado pela Prefeitura, solicitando mudanças na estrutura. A assessoria da Semulsp não soube informar quando o relatório será entregue ao Juiz Adalberto Carim. Outros órgãos ambientais também foram acionados para realizar estudos. Entre eles, Instituto de Proteção Ambiental da Amazônia (Ipaam), Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb), Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmas) e Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
No caso da Semulsp, o projeto propõe a abertura de quatro áreas adjacentes ao maciço já existente e manejo correto da emissão de líquidos percolados torna mais eficiente o processo. O mesmo serve para o gás metano, que no momento é queimado, mas no novo projeto deverá gerar energia elétrica movimentando geradores e manejo criterioso do resíduo hospitalar em vala séptica exclusiva para esse fim, impermeabilizada por manta polietileno de alta densidade (PEAD) 1,5mm. Hoje, o lixo hospitalar é depositado em uma célula independente, não tendo contato com os demais resíduos.
Em média, são produzidas três mil toneladas de lixo por dia em Manaus, sendo mil toneladas de lixo industrial, 1,6 mil toneladas de lixo doméstico e 400 toneladas de lixo urbano. Menos de 2% do total coletado é reciclado. Segundo dados da Semulsp, em geral a separação acontece na origem e depois de recolhidos, os resíduos recicláveis são encaminhados a associações de catadores cadastrados na pasta.
Desde 1986 o local de destinação final dos resíduos sólidos urbanos de Manaus está situado no quilômetro 19 da rodovia AM-010 que liga Manaus a Itacoatiara. A área pertence à Prefeitura de Manaus, conforme Decreto Municipal nº 2.694, de 08 de março de 1995 e está inserida na Bacia do Igarapé Matrinxã, afluente do Igarapé Acará.
Em 1990, o Ministério Público Estadual do Amazonas (MPE) determinou, por meio de um TAC, a recuperação da área e monitoramento e em julho de 2006 foram concluídos os termos do acordo. Hoje, todo o funcionamento do aterro é controlado mensalmente por vários órgãos.
FONTE E FOTO: ACRÍTICA.COM
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