domingo, 31 de outubro de 2010

DILMA ROUSSEFF, PRIMEIRA MULHER PRESIDENTE DO BRASIL

Dilma Rousseff (PT) é a primeira mulher presidente do Brasil. Em disputa eleitoral travada com o candidato José Serra(PSDB), neste domingo 31/10, Dilma vence as eleições e governa o Brasil de 2011 a 2014.

Veja abaixo informações divulgadas no site Folha.com, que mostra a trajetória da nova Presidente do Brasil.

CANDIDATURA

Ex-ministra de Minas e Energia e da Casa Civil, Dilma foi alçada já em 2008 à condição de candidata pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que começou então a dar as primeiras indicações de que gostaria de ver uma mulher ocupando o posto mais importante da República. Em 31 de março deste ano, Dilma deixou a Casa Civil para entrar na pré-campanha.

Cresceu nas pesquisas e chegou a ter mais de 50% dos votos válidos em todas elas, mas começou a oscilar negativamente dias antes do primeiro turno, após a revelação dos escândalos de corrupção na Casa Civil e da entrada do tema do aborto na campanha.

Logo no primeiro debate do segundo turno, reagiu aos ataques que vinha sofrendo e contra-atacou Serra. A partir daquele momento, a diferença entre os dois candidatos nas pesquisas parou de cair.

Dilma se torna neste domingo o 40º presidente da República brasileira.

NOME FORTE

Dilma tornou-se um nome forte para disputar o cargo ao assumir o posto de ministra-chefe da Casa Civil, em junho de 2005, após a queda de José Dirceu no escândalo do mensalão.

No comando da Casa Civil, Dilma travou uma intensa disputa com o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, por causa da política econômica do governo. Enquanto ele defendia aperto fiscal, ela pregava a aceleração nos gastos e queda nos juros.

Dilma acabou assistindo à queda de Palocci, em março de 2006, devido à quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

Com a reeleição de Lula e sem grandes rivais à altura no PT, Dilma tornou-se, depois do presidente, o grande nome do governo.

Apesar do poder acumulado e do protagonismo que passou a exercer ao lado de Lula, até outubro de 2007 Dilma negava que seria candidata.

MINAS E ENERGIA

Sua atuação à frente do Ministério de Minas e Energia rendera-lhe a simpatia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enxergou na subordinada, de perfil discreto e trabalhador, a substituta ideal para o posto de Dirceu.

Ela foi indicada para o ministério logo após Lula se tornar presidente, em 2002. No comando da pasta, anunciou novas regras para o setor elétrico além de lançar o programa Luz para Todos --uma das bandeiras de sua candidatura.

O novo marco regulatório para o setor elétrico, lançado em 2004, foi considerado a primeira iniciativa do governo Lula, na área de infra-estrutura, de romper com os padrões do governo FHC, marcado pelo "apagão" de 2001.

A principal característica do novo marco foi o aumento do poder do Estado em detrimento da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

FONTE: Folha.com


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ELEIÇÕES 2010 - POVO BRASILEIRO ESCOLHE O SEU PRESIDENTE

Hoje, domingo, 31 de outubro de 2010, o povo brasileiro retorna às urnas para escolher o seu representante maior, o Presidente da República do Brasil. José Serra, candidato do PSDB e representante da oposição, disputa a preferência do eleitorado com Dilma Rousseff, candidata do PT e representante do governo atual, liderado pelo atual presidente Lula.

Abaixo, segue dois artigos assinados pelos candidatos e publicados na Folha de São Paulo. Ainda no dia de hoje, no início da noite, já saberemos que vai governar a nação brasileira nos próximos 4 anos. Serra ou Dilma? Seja quem for o escolhido pelo povo, fica a esperança maior de um futuro brasileiro repleto de sucesso em todas as áreas.


Por um Brasil decente

JOSÉ SERRA

Com as minhas credenciais, postulo hoje o voto do povo brasileiro, para uma nova etapa de desenvolvimento e prosperidade, sem retrocessos.

O Brasil elege hoje o 36º presidente da República, na sexta eleição direta depois da redemocratização. Acreditamos na vitória, porque o país quer seguir unido. Não será sobre os ombros de uma população dividida que o país vencerá os desafios que o aguardam.

Além de minha biografia pessoal e política, e de propostas que abrangem temas vitais à coletividade - saúde, educação, segurança -, apresentei, como candidato, o respaldo de pessoas e partidos comprometidos com a democracia.

No último quarto de século, desde Tancredo Neves e Ulysses Guimarães, o povo brasileiro alcançou muitas conquistas. Não foram conquistas de um só homem ou de um só governo. Muito menos de um único partido. Todas elas são resultado desses 25 anos de democracia, luta e trabalho. Não é só na área social que o PSDB tem vasto currículo a exibir. Sua luta em favor das instituições democráticas está gravada na história. Surgiu no âmbito da Assembleia Nacional Constituinte, em 1988, embalada pelos ventos da redemocratização.

Reuniu, em torno de um ideário social-democrata, lideranças da maior respeitabilidade, que estiveram à frente da luta contra a ditadura militar: Franco Montoro, José Richa, Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, entre muitos outros. Tive o privilégio de integrar esse grupo. Ofereço ao Brasil minha biografia. Ofereço ao Brasil meu compromisso com as causas sociais.

Ofereço ao Brasil o meu compromisso com a causa democrática. Ofereço ao Brasil meu compromisso com o desenvolvimento sustentado e a economia forte. Na Constituinte, fiz a emenda que permitiu criar o FAT, financiar e fortalecer o BNDES e tirar do papel o seguro-desemprego. Fiz também a emenda que criou os Fundos Constitucionais de Desenvolvimento do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Ministério da Saúde, dediquei-me à consolidação do SUS, à criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Agência Nacional de Saúde; à implantação dos genéricos e à PEC 29, fundamental para se criar um sistema de saúde sólido no país.

Participei das discussões e iniciativas que levaram ao real e à sua afirmação: Lei de Responsabilidade Fiscal, regime de metas de inflação, saneamento do sistema financeiro e câmbio flutuante. E há a minha marca no programa que deu origem ao Bolsa Família.

Nada abala meu compromisso com o conjunto da sociedade, não apenas com a parte que se associou a meu projeto. Vamos governar com todos: juntar pessoas em vez de separá-las; convidá-las ao diálogo, em vez de segregá-las; explicar os nossos propósitos, em vez de hostilizá-las. Vamos valorizar o talento, a honestidade e o patriotismo, em vez de indagar a filiação partidária. Tampouco responderemos a injustiças velhas com novas injustiças. O nosso caminho é a paz.

Vislumbro um grande futuro para o Brasil. Mas cabe, sim, lamentar a ofensiva promovida pelo Palácio do Planalto, que pretendeu fazer da disputa eleitoral um confronto entre inimigos, não entre adversários. Desde os anos 20 do século passado não se via uso tão intenso da máquina estatal em favor de uma candidatura; não se experimentava tamanha mistura entre governo e partido; não se desprezava com tal ênfase o decoro que deve marcar a atuação de um governo na democracia, no processo eleitoral.

Quero ser presidente da República também para devolver o Executivo ao leito da lei, da ética e do decoro. Com minhas credenciais, hoje inscritas na história, postulo o voto do povo brasileiro, para uma nova etapa de desenvolvimento e prosperidade: sem ódios ou retrocessos. Com o Brasil inteiro no coração.

JOSÉ SERRA, 68, é candidato à Presidência pelo PSDB. Foi senador, ministro da Saúde (1998-2002), prefeito de São Paulo (2005-06) e governador de São Paulo (2007-10).


Um Brasil melhor, com justiça e democracia

DILMA ROUSSEFF

Ao longo desta campanha, apresentei o compromisso de dar continuidade aos avanços obtidos por nossa democracia, em especial no governo Lula

Para um país que viveu boa parte da sua história mergulhado no autoritarismo, poder decidir seu futuro nas urnas, com liberdade, será sempre um momento de festa e de orgulho. Hoje, escolhemos os nossos governantes debatendo, criticando, com liberdade de imprensa e de opinião, inseridos na realidade viva e plural de um verdadeiro Estado democrático de Direito.

É sempre oportuno lembrar que gerações de brasileiros sonharam em poder viver disputas eleitorais como a que hoje vivemos, podendo falar e escrever o que pensam, defender em voz livre o que acham justo, convivendo sem ódio, com tolerância e respeito aos que não compartilham da mesma opinião.

Muitos lutaram, sofreram e deram suas vidas para que isso fosse possível. A nossa democracia é fruto da luta, das lágrimas e da vida de homens e de mulheres que, no passado, não tiveram medo de abrir as portas para o futuro que hoje nos orgulhamos de viver.Neste domingo, a democracia nos dará, mais uma vez, a oportunidade de continuar a construir um país melhor e mais justo.

Nos últimos oito anos, a nossa democracia provou que é possível fazer com que o Brasil cresça de maneira sustentada, econômica e ambientalmente, distribuindo renda e promovendo justiça social. Provou que é possível construir um novo país, corrigindo o passado e planejando o futuro, em uma madura convivência entre as instituições republicanas e uma sociedade plural, ativa e vigilante. Provou que o brasileiro pode se orgulhar de viver em nosso país, falando com potências estrangeiras de igual para igual, sem arrogância, mas também sem subserviência.

O país da submissão ao Fundo Monetário deu lugar ao Brasil do Fundo Soberano, com reservas expressivas, e do pré-sal. Ao longo desta campanha, apresentei ao país o compromisso de dar continuidade aos extraordinários avanços obtidos pela nossa democracia, em especial durante o governo Lula. Sob o comando de um presidente nascido nas camadas mais pobres da população, vivemos uma transformação histórica profunda. Superamos a estagnação e começamos a combater a desigualdade, inaugurando uma nova era de prosperidade, justiça e otimismo no país.

É necessário que essa transformação continue. O país da recessão deu lugar a uma economia dinâmica, que gerou 15 milhões de empregos formais, multiplicou exportações e fez renascer setores estratégicos como a indústria naval, a construção civil e a agricultura familiar.

Por outro lado, ninguém pode negar que a ascensão à cidadania de 28 milhões de pessoas que saíram da pobreza, graças ao crescimento econômico e a programas sociais abrangentes e eficazes, deu uma dimensão substantiva, e não meramente formal, ao desenvolvimento da nossa democracia. É como também devemos ver os 36 milhões de brasileiros na nova classe média, ou os quase 2 milhões de jovens no ensino superior, graças ao ProUni e às universidades públicas que devemos seguir ampliando. Seguindo por esse caminho, alcançaremos novo patamar, em que a noção de liberdade ultrapassa o justo direito de reivindicar.

Por tudo isso, contados os votos, seja qual for a decisão soberana da maioria dos brasileiros, devemos voltar os olhos para o futuro e somar forças, na construção de um país ainda melhor. A democracia foi conquistada pelos brasileiros como um valor fundamental. E, pela força do voto, ela fará com que o Brasil continue seu processo de transformação na busca de uma vida digna, justa e feliz para todos.

DILMA ROUSSEFF, 62, ex-ministra de Minas e Energia e ex-chefe da Casa Civil (governo Lula), é candidata à Presidência da República pela Coligação para o Brasil Seguir Mudando.


FONTE: Folha de São Paulo

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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

ARQUITETO JOSÉ HENRIQUES BENTO RODRIGUES, o Zé Henrique

Lúcia Helena recebe do arquiteto Moita, placa alusiva à memória de Zé Henrique.



O grande e eterno arquiteto amazonense José Henriques Bento Rodrigues, o Zé Henrique, falecido em 2002, foi homenageado pela organização da Casa Cor Amazonas, no dia em que Manaus comemorou o seu 341° Aniversário.


Lúcia Helena Dantas Fontenelle, 56, viúva de Zé Henrique, recebeu das mãos do arquiteto Roberto Moita a honraria póstuma, uma placa alusiva à memória do seu esposo. Zé Henrique foi o arquiteto que projetou o pavilhão principal do Centro Cultural dos Povos da Amazônia – CCPA, local onde está sendo realizada a primeira edição da Casa Cor Amazonas, situado na Av. Rodrigo Otávio, antiga Bola da Suframa.


"O Zé era de uma criatividade extraordinária. Ele faz falta na cena da arquitetura amazonense, muito mais agora que a Casa Cor Amazonas está sendo realizada no prédio que ele projetou", destacou Lúcia Helena. Acompanhada da filha mais velha do casal, Karina Fontenelle Rodrigues, 32, Lúcia disse que está organizando a obra de Zé Henrique com o objetivo de publicá-la em um livro. "Vai ser uma obra sobre a vida dele. Quero muito poder mostrar às próximas gerações o que ele fez pelo seu Estado. Essa homenagem é muito significativa para a família". A filha de Zé Henrique, karina Rodrigues, disse que o reconhecimento da obra de seu pai é motivo de orgulho, principalmente para ela, que o tem como exemplo de pai e de artista."Estou emocionada, porque ele gostava muito daqui e sempre falava do quanto amava a sua terra".


Ainda como estudante de arquitetura e urbanismo, início de 1992, tive a grande oportunidade de conhecer o mestre José Henriques Bento Rodrigues. Na ocasião ele era professor do Instituto Luterano de Ensino Superior – ILES Manaus, atual Centro Universitário Luterano de Manaus – CEULM/ULBRA, titular da disciplina Estética e História da Arte. Em 1993, quando estava cursando o 3° período do curso, Zé Henrique me deu a oportunidade de ingressar na Prefeitura como estagiário, na recém criada Secretaria Municipal de Humanização e Integração Urbana – SEMHUR, órgão da administração direta da Prefeitura de Manaus, onde ocupava o cargo de Subsecretário Municipal.


Desta fase de minha vida até os dias atuais, nunca mais deixei de exercer minhas atividades na iniciativa pública. E já se vão 17 anos. Foi das mãos e ensinamentos de Zé Henrique que aprendi a traçar os primeiros desenhos, quando a prefeitura ainda utilizava o papel vegetal, o papel manteiga, o nanquim, a pena, a régua, esquadros, régua paralela, aranha, normógrafo etc, instrumentos substituídos na atualidade pela computação gráfica. Com ele aprendi a compreender o serviço público, as dificuldades, as particularidades, as vaidades políticas, as amizades de trabalho, os desgastes, as alegrias. Aprendi o quanto Manaus precisa dos arquitetos, o quanto ela carece de boas idéias e projetos.


De 1993 a 2002, foram 10 anos de convivência com Zé Henrique. Em sua companhia aprendi a conhecê-lo e a admirá-lo. Aprendi que as coisas simples, apesar da aparência singular, são providas de grandeza interna inestimável, existentes em cada ser, de forma particular e única. Aprendo com Zé Henrique até hoje, mesmo após 8 anos de sua ausência. Como? Simples, basta observar as suas obras presentes em Manaus.


Cito abaixo algumas obras públicas de sua autoria.


- Complexo Viário de Flores (Viadutos próximos da Rodoviária e da Unip);

- Complexo Viário da Darcy Vargas (Passagens Subterrâneas da Djalma Batista e Constantino Nery);

- Complexo Viário do Boulevard (Passagem de Nível com a Djalma Batista e Viaduto da Constantino Nery);

- Complexo Viário do São Raimundo/Glória;

- Complexo Viário do Japiim;

- Nova Sede da Câmara Municipal de Manaus;

- Trecho do Parque da Ponta Negra (do Anfiteatro até o Hotel Tropical);

- Prolongamento da Av. Darcy Vargas (da Constantino até o Dom Pedro e São Jorge);

- Paginações de Piso do Centro de Manaus;

- Sede da Secretaria Municipal de Educação;

- Sede da Secretaria Municipal de Saúde;

- Centro Cultural dos Povos da Amazônia (pavilhão principal);

- Escolas, Praças, etc.


Manaus em muito agradece pelas idéias e projetos do mestre arquiteto Zé. A cidade em muito sente a sua falta, assim como os seus amigos, colegas de trabalho, assim como as ruas, as praças, os parques... Assim como Eu.

Lúcia Helena, ao lado da filha Karina Rodrigues.



FOTOS: ANTÔNIO LIMA/JORNAL A CRÍTICA.




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341 ANOS. PARABÉNS MANAUS!

Um dos maiores motivos da criação e existência desse blog é a minha querida Manaus. Ela enche os olhos de todos, bela, formosa, natural como deve ser.

Acolhedora, Manaus encanta pelo passado, pelo presente e pelo futuro. Seja em seus bairros chics ou em suas invasões, Manaus encanta pela sua peculiaridade, inserida nessa imensidão verde, única, que é a Amazônia.

Cabocla dos rios e das matas, Manaus te espera e te abriga, toda formosa, calorosa, no seu leito maior, a sua própria urbanidade.

Parabenizo Manaus, ao completar 341 anos neste dia 24 de Outubro de 2010.


MANAUS MORENA, (poema de Celdo Braga).


Manaus é menina de todos os olhos,

cabocla risonha da beira do rio,

morena vistosa, coberta de encantos

na dança da vida está sempre no cio.

Está sempre desperta e de braços abertos

é gente que chega de todo lugar.

Manaus é tão boa pra gente viver,

de dia e de noite pra gente sonhar.

As vezes olhando Manaus lá de cima,

à luz do neon ou à luz do luar,

parece uma nave pousada na selva,

parece um navio no meio do mar.

Vestida de seda ou vestida de chita,

Manaus é bonita, vaidosa cunhã.

Tem lá seus defeitos, enfim é humana,

cidade do hoje e do meu amanhã.


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