Do Portal D24am.
A cidade de Manaus será a terceira capital com a
‘Copa’ mais cara de 2014, conforme informações do Tribunal de Contas da União
(TCU). Com investimentos na ordem de R$ 2,86 bilhões, Manaus só fica atrás das
principais sedes do evento, São Paulo (R$ 4,9 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 3,8
bilhões), no quesito de gastos. O coordenador da Unidade Gestora da Copa
(UGP-Copa) no Amazonas, Miguel Capobiango, questionou os dados do relatório.
Com a confirmação de que Manaus sediará apenas três
jogos da primeira fase da Copa, a média de investimento do governo local será
de R$ 953,5 milhões por partida. O estádio amazonense terá 44 mil
lugares. Do total investido em Manaus, R$ 1,08 bilhão (37,9%) vem do
Governo do Estado. Outros R$ 800 milhões (27,9%) são provenientes de
financiamento da Caixa e mais R$ 400 milhões (13,9%), do BNDES.
No relatório do TCU, a capital amazonense aparece
como uma das quatro capitais-sede que não vai receber nenhum aporte do setor
privado. O fato destoa, por exemplo, de cidades como Natal, onde R$ 428,5
milhões do total de R$ 1 bilhão investidos no evento são provenientes do
capital privado. O tribunal ainda considera os investimentos em Manaus de R$
89,4 milhões (3,1%) com portos e R$ 394,12 milhões (13,7%) da Infraero. Da
prefeitura de Manaus virá R$ 90,7 milhões (3,1%).
Capobiango argumenta que Manaus aparece como
terceira nos gastos, porque faltam informações de outras cidades. “Em
Fortaleza, por exemplo, eu sei que disponibilizaram R$ 500 milhões para a
mobilidade urbana, o que não aparece no relatório”.
Arena da Amazônia
Manaus e outras três cidades são listadas, no
relatório do TCU, como uma das sedes que apresentam riscos “de ter estádios que
serão ‘elefantes brancos’ após a Copa”. Segundo o órgão, em Natal, Manaus,
Cuiabá e Brasília a verba gerada pelo uso dos estádios não vai cobrir os custos
de manutenção da obra. Ao lado da informação, o tribunal acrescenta que “não
foram identificadas ações (do governo) no sentido de mitigar o risco” das
arenas se tornarem onerosos aos cofres públicos.
O coordenador da UGP-Copa voltou a questionar as
informações. Ele diz que o Amazonas tem procurado operadoras e produtoras
estrangeiras para colocar a Arena Amazônia na rota dos principais shows e
eventos internacionais. “A sustentabilidade de uma arena de futebol agrega
outros investimentos”, defende Capobiango. “Uma arena não se sustenta só com
futebol”. A Arena da Amazônia está com quase 40% da obra concluída.
FONTE: D24am.
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