terça-feira, 30 de novembro de 2010

MANAUS: SÉTIMA CAPITAL MAIS POPULOSA


Do Portal D24am, publicado em 30/11/2010.

Com 396.690 habitantes a mais, em dez anos, Manaus registrou um crescimento populacional de 28,22% e agora é a sétima capital com o maior número de habitantes entre as 27 da federação, segundo o resultado oficial do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado ontem. No Estado, nove municípios perderem população e quatro terão os repasses federais reduzidos.

Em 2000, quando tinha 1.405.835 habitantes, a capital do Amazonas ocupava a nona posição no ranking. Este ano, o Censo constatou que 1.802.525 pessoas vivem em Manaus, resultado que supera o dado preliminar divulgado no início deste mês, que apontava 1,718 milhão de pessoas. Com isso, Manaus é mais populosa que capitais como Curitiba (PR), Recife (PE) e Porto Alegre (RS).

Segundo o IBGE, 1.793.416 pessoas, ou seja, 99,5% vivem na zona urbana da capital e 9.109 habitantes estão na zona rural (0,5%). Manaus também é a única cidade do Amazonas a concentrar mais mulheres do que homens, com 51,2% (922.623) contra 48,8% de homens (879.893). São 42.742 mulheres a mais.

O Censo 2010 mostrou, ainda, que o Amazonas ganhou 668.380 habitantes de 2000 a 2010, um crescimento de 23,76%, passando de 2.812.557 para 3.480.937 pessoas, que ocupam 778.673 domicílios. Uma elevação um pouco acima do crescimento da região Norte, de 22,98%, e uma taxa de crescimento no período de 2,77, a terceira maior entre os Estados.

O resultado preliminar do IBGE, divulgado no dia 4 deste mês, apontava o Amazonas com uma população de 3,35 milhões de habitantes, com reflexo negativo na população de 14 dos 62 municípios, o que traria impactos nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), calculado pela população.

Manaquiri liderou o crescimento (79,43%), seguido de Santa Izabel do Rio Negro (71,70%), Juruá (64,37%), Presidente Figueiredo (55,92%) e Anamã (55,31%).

Parintins segue como o segundo município mais populoso do Estado (102.066 pessoas) e o único com mais de 100 mil habitantes. Em seguida estão Itacoatiara (86.840), Manacapuru (85.144), Coari (75.909), Tefé (61.399), Tabatinga (52.279) e Maués (51.847).

O levantamento constatou que, no Amazonas, 79,2% da população vivem na zona urbana e 20,8% na zona rural.O Censo também constatou que 50,3% da população do Estado é formada por homens (1.751.328) e 49,7% por mulheres (1.729.609), situação registrada em 61 dos 62 municípios amazonenses.

FONTE: D24am/FOTO: MÁRCIO SILVA



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sábado, 27 de novembro de 2010

TEOTIHUACÁN: CIDADE DOS DEUSES

Sítio Arqueológico de TEOTIHUACÁN, Pirâmide do Sol.

Calçada dos Mortos, ou Rua dos Mortos, eixo central da cidade: 4km de comprimento por 45m de largura. Ao fundo, Pirâmide da Lua, onde é o início da rua.



Impressionante, maravilhoso, monumental, belo, espetacular. Difícil encontrar a palavra correta e mais justa para descrever o sítio arqueológico de TEOTIHUACAN. Essa cidade Pré-Colombiana eu tive a oportunidade de conhecer no dia 21 deste mês, um dia antes de meu retorno ao Brasil, que fechou com “chave de ouro” a minha passagem pelo México.


Teotihuacan, conforme pesquisa no Wikipédia, é um sítio arqueológico localizado a 40 km da Cidade do México e foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1987. Foi a maior cidade conhecida da época Pré-Colombiana na América e o nome Teotihuacan é também usado para referir a civilização desta cidade, que está localizada no que é hoje o município de San Juan Teotihuacán, ocupando uma área de 82,66 Km².


Considera-se que Totihuacan é a sede da civilização Clássica no Vale do México, período este que vai de 292 a.C. até ao ano 900. O primeiro povoado data do ano de 600 a.C. Ainda como base as informações contidas no Wikipédia, cerca do ano de 650 começou a sua decadência. O número de habitantes foi diminuindo, devido a fatores de ordem social e climática. Não se conhece muito bem a causa da sua decadência e posterior total destruição. Os historiadores pensam que talvez tenha acontecido uma invasão, ou que o solo se esgotou acabando assim os recursos agrícolas ou ainda, que simplesmente tenha havido uma má administração. A verdade é que com o declínio de Teotihuacan, outros centros que dela dependiam cultural e comercialmente entraram também por sua vez em declínio, como Monte Albán e inclusivamente a civilização Maia.


Para acessar o sítio arqueológico paga-se $ 51,00 pesos mexicanos, algo próximo de R$ 8,00 (oito reais) por pessoa. Um preço muito baixo pela grandiosidade do momento, oportunidade imperdível para qualquer cidadão que se aventura em conhecer os mistérios das civilizações antigas.


A Rua dos Mortos, ou Calçada dos Mortos, é o eixo central da cidade. Ela tem seu início no recinto da Pirâmide de Lua e termina num recinto chamado Cidadela, com um total de 4 Km de comprimento, por 45m de largura. Ao seu redor, encontram-se as duas principais construções: a Pirâmide do Sol e a Pirâmide da Lua.


A Pirâmide do Sol é a maior das pirâmides da cidade, sendo a segunda em tamanho de todo o México, apenas superada pela Pirâmide de Tepanapa de Cholula. Está orientada para o ponto exato onde o Sol se põe e tem 65m de altura. A Pirâmide da Lua, ainda que menor que a Pirâmide do Sol (possui 45m de altura), possui o seu vértice à mesma cota, pois está construída em terreno mais elevado.


Pirâmide do Sol: 65m de altura, 235 degraus totalmente irregulares.


Para subir os degraus da Pirâmide do Sol é preciso muita disposição e fôlego. Além de possuir degraus irregulares, possuí espelhos (altura de um piso para outro piso de um degrau) muito mais irregulares. Para se ter uma idéia, contei 235 degraus para se chegar ao topo da pirâmide. Tomando como referência a sua altura (65m), temos uma média de dimensão de espelho algo próximo de 28 cm, 10 cm a mais que um espelho considerado confortável para o ser humano. A inclinação era outro fator de grande esforço humano, variando algo entorno de 45 a 60 graus de inclinação.


Mas todo esforço valeu a pena. A aventura resultou em um dos cenários mais belos que já tive a oportunidade de presenciar. Quem for ao México, não pode deixar de visitar essa maravilha de construção da civilização antiga.



Para subir as escadarias da Pirâmide do Sol, muita disposição e fôlego .

Chegada ao topo da Pirâmide do Sol. Inclinações de no mínimo 45 graus.

Claudemir Andrade, Luis Soares, Thiago dos Anjos e Lourival Praia: brasileiros no topo da Pirâmide do Sol. Ao fundo, Pirâmide da Lua.

Claudemir Andrade no topo da Pirâmide do Sol. Ao fundo, Rua dos Mortos e Pirâmide da Lua.

FONTE DE PESQUISA: WIKIPÉDIA


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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

TRANSPORTE PÚBLICO: A "TARIFA SOCIAL" DO MÉXICO


Na minha estada na Cidade do México, de 15 a 22 do mês corrente, tive a oportunidade de observar e conhecer um pouco sobre o transporte público na capital mexicana. Pude observar que naquela cidade há várias modalidades de transporte público, como o Metrobus (sistema tipo BRT), Trolebus, Ônibus convencionais grandes, médios, pequenos, alguns novos e outros antigos.


Mas na quarta-feira 17, tive a oportunidade de utilizar, como passageiro, o transporte público convencional na cidade (veículo tipo da foto acima). Andei um pequeno trecho, entorno de 5km, saindo do Museu Antropológico do México até o Hotel Embasy Suites, onde estava hospedado. Uma situação me chamou muito a atenção: a tarifa.


A tarifa nesta modalidade de transporte é fixada em $ 4,5 pesos mexicanos, algo em torno de R$ 0,65 (sessenta e cinco centavos de reais). Uma tarifa relativamente baixa considerando que o veículo era moderno, limpo, som ambiente e em excelentes condições de uso por parte da população. E mais um ponto que destaco: não há cobrador e o motorista não exerce essa função.


A forma de pagamento ocorre por meio de moedas (obrigatório) que são depositadas em uma caixa ao lado do motorista, sem que este pegue no dinheiro ou que exerça qualquer conferência sobre o valor a ser depositado na caixa. Cada passageiro que entra no ônibus deposita suas moedas na caixa e se acomoda para a sua viagem. Sem qualquer conferência, apenas na confiança depositada sobre o passageiro, entendendo que este estaria pagando o valor exato da tarifa.


Nós brasileiros (em número de quatro), sem conhecer essa forma de pagamento, queríamos pagar a nossas passagens com uma nota de papel de $ 50 pesos mexicanos, que foi de imediato recusado pelo motorista que sequer quis tocar na cédula. O motorista de forma alguma pode tocar em dinheiro. Como realizar o pagamento se apenas moedas podiam ser depositadas no pequeno orifício da caixa? Problema esse resolvido após ajuda de nossos companheiros de curso que disponibilizou moedas para prosseguirmos viagem.


Fiquei a pensar se realmente cada usuário do transporte público do México depositava o valor correto da tarifa na caixa ao lado do motorista. Fui mais longe ao meu pensamento: se o usuário colocasse uma moeda de $ 1 peso mexicano, iria viajar normalmente, pois não há qualquer conferência do valor depositado. Se colocasse uma moeda de $ 10 pesos mexicanos (valor acima da tarifa de $ 4,50), também iria viajar, porém não teria ninguém para lhe dar o troco. E como fica a contagem de passageiros diários, se não há controle, nem mesmo uma catraca para verificar quantidade de passageiros transportados?


Conversando com um colega de nacionalidade mexicana, que também participava do curso no qual eu estava fazendo, contei a minha experiência como usuário do transporte público e o mesmo me informou o seguinte: que o sistema tem como gestor o próprio governo, não sendo um serviço prestado pela iniciativa privatizada. E sendo um serviço obrigatório a ser oferecida à população, a tarifa a ser paga não é imposta ao usuário. Acredita-se que o cidadão tenha a consciência de sua obrigação de pagar o valor devido, mas se não o fizer, não será esta situação que o impedirá de usufruir de um serviço público. Essa foi a síntese da explicação do nobre colega.


Interessante essa forma de gestão. O governo assume de fato o seu papel e trás para si o problema, aplicando uma “Tarifa Social” de fato, e de direito.


E se essa forma de gestão e pensamento fosse aplicado aqui no Brasil? Cada um que formule a sua resposta.



Veículo de Transporte Público Mexicano, tipo "Van".

Veículo de Transporte Público Mexicano, dos mais antigos.

Veículo de Transporte Público Mexicano, sistema Trolebus.

Veículo de Transporte Público Mexicano, sistema Metrobús (BRT)

FOTOS: CLAUDEMIR ANDRADE


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