Ainda não tinha tido a oportunidade de conhecer a cidade de Curitiba, conhecia apenas por livros, revistas, reportagens e matérias relativas ao planejamento urbano, meio ambiente, transporte público e sustentabilidade. São assuntos que quando tratados, sempre a cidade de Curitiba é mencionada, sendo citada como bom exemplo a ser seguido quando se fala em qualidade de vida urbana.
Desde dia 4 de agosto me encontro em Curitiba, com a missão de vivenciar e conhecer o básico e as premissas do planejamento urbano da cidade, arduamente defendido pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano – IPPUC. Conhecer como a cidade foi planejada, o seu zoneamento por meio das regionais administrativas, os seus eixos estruturantes e o transporte público, seus parques, Ruas da Cidadania, vias, avenidas e tudo mais que fosse possível.
Sempre digo que uma cidade que leva a sério o planejamento urbano e coloca em prática o que foi definido para o seu desenvolvimento, por meio de seu Plano Diretor, está com grandes chances de ter um espaço urbano de qualidade e seus problemas amenizados. Após ler e ouvir sobre o planejamento urbano de Curitiba, passo a afirmar que a cidade realmente levou a sério o seu planejamento e que hoje ela desfruta de condições urbanas favoráveis, permitindo que a população da cidade tenha uma qualidade de vida melhor que muitas outras grandes cidades brasileiras, e até mundiais. Não digo que Curitiba seja perfeita, que não tenha problemas, mas muitas situações complicadas e até comuns das grandes metrópoles, deixaram de existir.
O que foi pensado na teoria para a cidade no decorrer dos anos 60 e 70 e que começaram a ser aplicados na prática nas décadas seguintes (devidamente revisados em seus planos e leis complementares) pode ser observado atualmente na paisagem urbana. Com sua base de planejamento enfocado no USO DO SOLO, TRANSPORTE PÚBLICO e SISTEMA VIÁRIO, vértices para o DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO e SOCIAL, Curitiba encontra-se em uma fase favorável de desenvolvimento, colhendo frutos, com grandes possibilidades de avanços cada vez maiores e melhores.
Ruas e avenidas com boa pavimentação, todas bem sinalizadas verticalmente e horizontalmente; Calçadas tratadas e niveladas, livres de barreiras urbanísticas e veículos estacionados; Praças bem cuidadas, limpas, ajardinadas e equipadas com bons mobiliários urbanos; Parques dos mais variados tipos, cuidados impecavelmente pela administração municipal; Sistema de transporte público eficiente, com frota diversificada e integrada não somente no município, mas em toda a região metropolitana; Planejamento urbano integrado e respeitado pelo governo e pela população são alguns exemplos do que se pode perceber ao andar pela cidade. A população de Curitiba, em resposta, tem orgulho de sua cidade.
Retorno para Manaus neste dia 7 de agosto satisfeito com o que constatei pessoalmente. Tenho mais do que nunca a certeza de que o meu pensamento não estava errado e que nunca esteve. Toda cidade tem que crescer e se desenvolver por meio de um planejamento urbano sólido, técnico, retratado em seu Plano Diretor e aplicado de forma integrada e contínua, com interesses voltados para a coletividade, cuidando do seu transporte público, do seu sistema viário e do uso do solo da cidade. É somente assim que uma cidade tem o respeito de seu povo.
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Claudemir, meu nome é Luis Matias, também sou arquiteto, inclusive fui seu aluno na Ulbra.
ResponderExcluirTive a oportunidade de morar por dois anos em Curitiba, onde me formei especialista em Gestão Tecnica Urbana pela PUC-PR.
Assim como você, fiquei maravilhado com a forma com que as questões urbanisticas são tratadas, discutidas ponto a ponto com a população com incansáveis Audiências Públicas em todas as esferas da administração municipal como rege nosso Estatuto da Cidade.
Cuidei para aproveitar ao máximo as experiências daquela cidade e seus ensinamentos para que haja aplicabilidade dessas políticas públicas em qualquer outra cidade do Brasil ou do mundo. É obvio que Curitiba não pode ser usada como modelo, mas é a melhor REFERÊNCIA que Manaus pode ter, principalmente com relação ao Transporte Público.
Gostaria de parabenizar a iniciativa de se conhecer uma estrutura feantástica como o BRT de Curitiba antes de se fazer uma intervenção no transporte de Manaus. Provavelmente não tenha dado tempo para se conhecer a fundo o sistema de sincronia com sinaleiros, registros de paradas, sistema de manutenção, conexões com ligeirinhos entre outras particularidades... mas acredito que tais iniciativas farão a dferença em nossa cidade. Um abraço,
Luis Matias
luiscmatias@hotmail.com
Claudemir, meu nome é Luis Matias, também sou arquiteto, inclusive fui seu aluno na Ulbra.
ResponderExcluirTive a oportunidade de morar por dois anos em Curitiba, onde me formei especialista em Gestão Tecnica Urbana pela PUC-PR.
Assim como você, fiquei maravilhado com a forma com que as questões urbanisticas são tratadas, discutidas ponto a ponto com a população com incansáveis Audiências Públicas em todas as esferas da administração municipal como rege nosso Estatuto da Cidade.
Cuidei para aproveitar ao máximo as experiências daquela cidade e seus ensinamentos para que haja aplicabilidade dessas políticas públicas em qualquer outra cidade do Brasil ou do mundo. É obvio que Curitiba não pode ser usada como modelo, mas é a melhor REFERÊNCIA que Manaus pode ter, principalmente com relação ao Transporte Público.
Gostaria de parabenizar a iniciativa de se conhecer uma estrutura feantástica como o BRT de Curitiba antes de se fazer uma intervenção no transporte de Manaus. Provavelmente não tenha dado tempo para se conhecer a fundo o sistema de sincronia com sinaleiros, registros de paradas, sistema de manutenção, conexões com ligeirinhos entre outras particularidades... mas acredito que tais iniciativas farão a dferença em nossa cidade. Um abraço,
Luis Matias
luiscmatias@hotmail.com