A Arena da Amazônia, novo estádio que o Governo do Estado do Amazonas construirá em substituição ao estádio Vivaldo Lima, será um elefante branco após a realização da Copa de 2014? Essa é uma indagação que uma revista semanal de grande circulação nacional faz em sua última edição, no qual reproduzo abaixo:
VAI SOBRAR LUGAR NAS ARQUIBANCADAS (Revista Veja/Panorama.Radar).
Alguns dos belos estádios que estão sendo construídos para a Copa de 2014 dificilmente escaparão do destino de se tornarem elefantes brancos depois do evento. Para chegar a essa conclusão, basta considerar as médias de público de pelo menos dois dos doze
Estádios da Copa. Aos números: todos os dezoito jogos do campeonato brasiliense de 2009 e 2010 disputados no Mané Garrincha somaram 31.472 torcedores – ou 1.748 pessoas por partida. É pouco mais de 2% dos 70.000 lugares da nova arena que está sendo erguida ao custo de 696 milhões de reais para os pagadores de impostos. A situação não é diferente em Manaus. Do ano passado até a sua interdição, em maio, o Estádio Vivaldo Lima sediou 57 jogos do campeonato amazonense, com uma média de 1.019 torcedores. Com esse público, ficariam ocupados 2,2% dos lugares do novo estádio – previsto para receber 46.000 pessoas.
Vejam o que escrevi, em 18 de março deste ano, na postagem SAI O VIVALDÃO, ENTRA A ARENA DA AMAZÔNIA (http://blogdoclaudemirandrade.blogspot.com/2010/03/sai-o-vivaldao-entra-arena-da-amazonia.html), um dia antes do lançamento da pedra fundamental da nova arena:
“Com a substituição do velho Vivaldão pela nova Arena da Amazônia, espera-se que o complexo esportivo atenda às exigências da FIFA para a realização dos jogos da Copa 2014. Mas espera-se muito mais, para o momento pós-copa, que o futebol amazonense assuma uma nova fase. Uma nova fase de incentivos, de novos patrocinadores, de profissionalismo renovado, e principalmente de novo pensamento administrativo e esportivo. O futebol amazonense estar de baixa, longe de se igualar a outras regiões como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Até mesmo o nosso vizinho estado do Pará, tão perto e tão semelhante a nós, possui um campeonato mais atraente. Onde estar o problema? Nossos jogadores são ruins de bola? Não creio. O problema é muito mais complexo. Fica a expectativa, fica a ansiedade, fica a esperança de dias melhores para o futebol amazonense.”
Como a iniciativa partiu do próprio governo em demolir o Vivaldo Lima e substituí-lo pela Arena da Amazônia, creio também que iniciativas de se evitar o nascimento de um elefante branco chamado Arena da Amazônia devam partir do próprio governo, que deve promover, desde já, políticas de gestão esportiva voltadas em aproveitar, ao máximo, a estrutura que a nova arena proporcionará. Torno a dizer: o problema é complexo.
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