A cidade de Manaus vem contando com alguns equipamentos comunitários para disponibilizar atividades sociais para os idosos. Tanto o governo estadual como o municipal possuem programas e ações voltados para a terceira idade, como por exemplo o Centro de Convivência do Idoso construído pela Prefeitura na zona Centro Sul de Manaus.
Recentemente foi implantado na cidade do Rio de Janeiro os primeiros ATI, Academia da Terceira Idade, um programa que prever a instalação de 150 espaços até o fim do ano em toda a cidade. Trata-se de um conjunto de aparelhos de ginástica criado especialmente para trabalhar a flexibilidade e a força dos idosos. Os aparelhos estão sendo instalados na orla, nas praças e outras áreas públicas, escolas e postos de saúde da cidade.
O projeto das ATI tem o objetivo de reduzir a incidência de doenças ligadas ao sedentarismo na população acima de 65 anos. As ATIs tem seu uso supervisionado por professores de educação física, que fazem o cadastramento dos idosos que desejam se exercitar. Eles dão orientações sobre como usar os aparelhos. Os idosos recebem aulas por cinco vezes nos equipamentos, até se sentirem seguros para fazer os exercícios sozinhos. O atendimento ocorre todos os dias pela manhã, das 7 às 9 horas. Um dos objetivos do programa é diminuir a busca por consultas médicas na rede pública.
Algumas praças e parques de Manaus já possuem ilhas de ginásticas porém não estão adaptadas para o uso de idosos. Convêm conhecer a idéia implantada na cidade carioca e realizar a implantação ou a adaptação dessas ilhas de ginásticas de maneira que permita o uso por pessoas com idades acima de 65 anos. Com isso, com toda a certeza, teremos a qualidade de vida melhorada ainda mais de nossos idosos.
Teria Manaus condições de implantar em seu sistema viário atual a Faixa Reversível?
Já implantadas em algumas cidades há vários anos, a faixa reversível nada mais é do que modificar o sentido de fluxo de uma faixa da pista de rolamento, por um determinado período de tempo, visando um escoamento mais rápido dos veículos. É implantada em vias com grande fluxo de veículos, em horário de rush, geralmente no início da manhã ou final da tarde e início da noite, horários de maior circulação de veículos.
Alguns corredores urbanos definidos pleo Plano Diretor poderiam ser estudados para a sua implantação, acompanhados de um excelente plano de sinalização, capacitação e divulgação, visando levar ao conhecimento de todos a sua funcionalidade e o seu objetivo superior.
Da mesma forma a Moto Faixa, considerando o grande número de motos que Manaus já possui circulando nas vias da cidade. Grande parte dos acidentes de trânsito ocorre com o envolvimento de uma moto.
Quem sabe Manaus não teria seu trânsito melhorado com a implantação da Faixa Reversível e da Moto Faixa!
Quem vai ao centro da cidade de carro, há muitos anos tem uma grande dificuldade de encontrar um local para estacionar. Geralmente se procura um dos poucos empreendimentos que prestam serviços de estacionamento mensal ou rotativo, ou se procura uma vaga entre as várias, mas usuficientes, disponíveis nos logradouros públicos.
Ir de carro para o Centro é sinônimo de paciência, cautela e preocupação. Considerando a pouca segurança disponível no local, deixar o veículo em logradouro público sob os cuidados dos flanelinhas é sempre uma alternativa para suprir essa falta de "segurança". Se tem o entendimento que "contratar" um flanelinha para tomar contar de seu carro é a melhor forma de proteger o patrimônio.
Já houve tempos em que funcionava em Manaus o sistema ESTAR, um método implantado pela prefeitura para realizar a gestão das vagas no Centro, que foi posteriormente abolida. Defendidas por uns e criticada por outras pessoas, é um sistema que vem sendo adotada por algumas cidades brasileiras, no qual recentemente a cidade do Rio de Janeiro, abrangendo áreas mais nobres da zona sul carioca. Após processo licitatório, o sistema vem sendo operado por uma empresa privada que controla 9.049 vagas, cobrando por tíquete R$ 2,00. Geralmente é um sistema altamente criticado polos guardadores de carros, que veem seus "empregos" ameaçados.
Mas mesmo implantado o sistema de tíquete, a falta de fiscalização permite que os flanelinhas continuem atuando ao lado dos operadores, confundindo ainda mais o usuário que se ver obrigado a contratar seus serviços "irregulares".
No projeto de ordenamento do centro de Manaus é necessário a elaboração de um plano para solucionar de vez a questão de estacionamento. Alternativas há de se estudar, seja ela privatizando os serviços por meio de tíquete, ou incentivando a construção de novos estacionamentos privados ou até profissionalizando os atuais flanelinhas, pessoas estas que seja qual o sistema a ser adotado, devem estar inseridos no processo.
Este ano, de 2 a 5 de dezembro, acontece em Manaus, no Studio 5 Centro de Convenções, a 66ª Semana Oficial da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia (SOEAA). O evento terá como objetivo promover debates, cursos e conferências relacionadas ao exercício das atividades profissionais que fazem parte do Sistema Confea/Crea, na busca do conhecimento e desenvolvimento tecnológico.
A SOEAA trará como temática principal "Pensar o Brasil no contexto mundial: Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Ética", aliada a 8 painéis para os dias 3 e 4 de dezembro: Habitação e Desenvolvimento Urbano, O Brasil no Contexto Mundial, Matriz Energética, Mudanças Climáticas, Desenvolvimento da Amazônia, Valorização Profissional, Inovação e Estado da Arte das Profissões e a Visão dos Partidos Políticos sobre o Projeto de Nação para o Médio e Longo Prazos.
Outros eventos paralelos serão realizados entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro, bem como no dia 5, sábado.
A expectativa é que o evento receba em torno de 3.500 participantes - entre profissionais e estudantes de todo país. Simultâneo ao evento será realizada a SOEAA/Expo, uma exposição na qual diversas organizações irão demonstrar suas ações, iniciativas e contribuições para um futuro ambientalmente viável.
Ao final do evento será elaborada a Carta Manaus, um documento que visa contribuir com o Protocolo de Kyoto. "Está na hora da sociedade saber como os nossos profissionais contribuem com o meio ambiente. É um presente do Crea-AM para Manaus e para o mundo", declara o presidente do Conselho, Telamon Firmino Neto.
Engenheiros e arquitetos podem dar uma contribuição decisiva para a segurança pública. Isso porque observar alguns detalhes no momento de planejar intervenções no espaço urbano pode diminuir a probabilidade de ocorrência de delitos e aumentar a sensação de segurança das pessoas.
Trata-se do conceito de Arquitetura Contra o Crime, usado há muitos anos em países desenvolvidos, principalmente a Inglaterra. Para verificar se o conceito era adaptável à realidade brasileira, o coronel da polícia militar do Paraná Roberson Luiz Bondaruk pesquisou casas e lojas com maior número de roubos e furtos, além de ruas e praças onde o nível de criminalidade era mais elevado e entrevistou 287 presos que cumpriam pena por crimes contra o patrimônio no Departamento Penitenciário do Paraná.
“Com apoio de psicólogas e assistentes sociais, constatamos que as estratégias da Arquitetura Contra o Crime são altamente interessantes para a segurança em nosso país”, afirmou Bondaruk. Dos presos pesquisados, 36% disseram que optam por locais onde há menor trânsito de pessoas para praticar o roubo ou o furto e 30% procuram locais onde há obstáculos que dificultam a visão de testemunhas. Outros fatores apontados pelos entrevistados como facilitadores da ação criminosa são menor trânsito de veículos; menor claridade e obstáculos a serem transpostos.
O estudo, intitulado ”A influência do espaço urbano nos índices de criminalidade”, revelou também que 71% dos criminosos entrevistados preferem assaltar casas cercadas por muros altos. “Segundo eles, o muro facilita a transposição para dentro da casa, além de permitir que se aproximem sem ser vistos e depois, estando dentro da residência, que ajam com mais tranquilidade, pois vizinhos e passantes não podem ver o que acontece”, explicou. “A visibilidade é a melhor política de segurança”.
Nem sempre é fácil convencer as pessoas desse conceito. A arquiteta e urbanista Ana Karine Batista de Souza, conselheira federal do Confea pelo estado do Piauí, procura mostrar alternativas, mas nem sempre elas são bem aceitas. “Geralmente, os moradores querem muros, de preferência o mais alto possível”, afirma. Quando não é possível demover a pessoa que vai construir da ideia de cercar a casa com muro, a arquiteta procura pelo menos evitar detalhes na construção que possam servir de escada, por exemplo. Segundo ela, há vários detalhes que podem ser observados para aumentar a sensação de segurança, como esquadrias com grades, vidros jateados (em vez de película) e um bom sistema de iluminação externa.
A questão da iluminação inclusive é um dos tópicos mais importantes do estudo de Bondaruk. “A luz faz as pessoas se sentirem mais seguras, principalmente à noite, em função da sensação de controle visual do que ocorre à sua volta”, explica. “É preciso que as construções e as árvores estejam em harmonia com a iluminação, para não gerar sombras e locais de emboscada”. A vegetação próxima à residência, portanto, não deve ser muito densa, porque isso limita a visibilidade e pode permitir que pessoas mal intencionadas se escondam para abordar a vítima no momento em que ela estiver mais desprevenida.
Segurança
Ao construir sua casa, no Lago Norte, em Brasília, Peterson Luís Cardoso esteve atento a detalhes que poderiam aumentar a segurança de sua família desde a fase do projeto. Mesmo sem conhecer os conceitos da Arquitetura Contra o Crime, ele acertou em diversos detalhes, como o aumento da visibilidade de fora para dentro do lote e de dentro para fora. “Procuramos não deixar nenhum ponto cego, de forma que alguém pudesse se aproximar da casa sem ser visto ou se esconder para nos abordar de surpresa”, explicou Peterson. Para definir os detalhes de segurança, ele conta que tentou entender como alguém mal intencionado poderia agir e, assim, tentou neutralizar possíveis abordagens.
Os conceitos de Arquitetura Contra o Crime também valem para espaços públicos. Nesses locais, o paisagismo pode se tornar tanto um aliado como um vilão quando o assunto é segurança. Árvores com galhos mais baixos e arbustos sempre aparados melhoram a visibilidade do local e propiciam mais segurança. “É importante também inserir usos no local, como quiosques e bancas para o comércio, ou atividades para a comunidade, como quadras para a prática de esportes, por exemplo. Praças que são apenas campos gramados acabam sendo pouco frequentadas e isso facilita o mau uso do local ou sua depredação”, disse o autor do estudo.
Conheça alguns erros comuns na hora de definir o projeto da moradia:
(1) Muros altos, acima da altura da cabeça de uma pessoa normal, obstruem totalmente a visão da rua e vice-versa;
(2) Suporte de lixo encostado no muro, serve como degrau para transpor o muro ou andar por cima dele;
(3) Portões “cegos”;
(4) Muro em rampa, pode servir como acesso ao pavimento superior;
(5) Arborização reduzindo a visibilidade, eliminando a visão da janela;
(6) Telhado da garagem obstrui a visão do pavimento inferior e serve como rampa de acesso para o pavimento superior;
(7) Sacadas encostadas na lateral. Permitem acesso caminhando por sobre o muro ou vindo por cima do telhado do vizinho;
(8) Janelas do pavimento superior, desprovidas de proteção adicional, aparentemente frágeis, normalmente de alumínio, com vidros amplos e sem divisões de reforço;
(9) Caixa de luz, do lado do vizinho, saliente, junto ao portão e de fácil acesso, possibilita atingir a sacada da casa ao lado, escalando o telhado da garagem ou subindo por sobre o muro até ela.