Excesso
de veículos compromete mobilidade em cidades brasileiras.
(Texto retirado do Site da ABIFER)
Pelo
quinto ano consecutivo, foi batido o recorde de venda de veículos no Brasil,
mas as grandes cidades já não aguentam o volume de carros nas ruas e não tem
transporte público de qualidade.
Imagine
10 mil veículos a mais nas ruas brasileiras todos os dias. Absurdo? Foi
exatamente o que aconteceu no ano passado. Em 2011, a venda de carros,
caminhões e ônibus bateu recorde pelo quinto ano seguido, mesmo com a
desaceleração da economia no segundo semestre. Foram 3.633.006 veículos
vendidos.
“Esse
pessoal que veio da classe média emergente e que entrou para o consumo usa o
carro. Eles deixaram de usar o transporte público, porque sofreram a vida inteira
e não querem mais”, afirma o economista Ayrton Fontes.
O
carro hoje, em muitas cidades, não significa maior mobilidade. Pelo contrário,
acaba entupindo o trânsito. No ano passado, o tempo médio de deslocamento do
paulistano foi de 2h49. Segundo especialistas, no entanto, o carro não é o
vilão da história. Prefere o automóvel quem não tem um transporte público
eficiente.
“A
população quer metrô, porque sabe que resolve. Todas as obras viárias que foram
feitas nos últimos 30 anos na cidade (de São Paulo) não resolveram o problema.
Uma obra viária resolve um gargalo aqui e joga os automóveis em um
congestionamento 500 metros a frente”, diz o consultor de transportes Sergio
Ejzenberg.
Em
São Paulo, por exemplo, os 11 milhões de habitantes têm pouco mais de 74
quilômetros de metrô para se deslocar, muito menos do que grandes capitais como
Londres e Nova York, que têm população menor e cinco vezes mais quilômetros de
metrô. Veja abaixo:
São
Paulo: 11,3 milhões, 74,3 Km.
Londres:
7,6 milhões, 402 Km.
Nova
York: 8,4 milhões, 370 Km.
"É
uma questão de foco, porque dinheiro não falta. Os impostos que são pagos
dariam para construir metrô aqui”, conclui Ejzenberg.
FONTE:
ABIFER
Acompanhe
o Blog:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Registre aqui o seu comentário. Obrigado