Uma arquiteta está à frente do Ministério da Cultura. A paraense Ana Cristina Wanzeler, que esta semana assumiu interinamente a pasta, depois de Martha Suplicy entregar o cargo, formou-se pela Universidade Federal do Pará (UFPA), nos anos 80.
Nesta sexta, ela esteve na Casa do Arquiteto Oscar Niemeyer, sede do IAB-RJ, para acompanhar a cerimônia de divulgação dos vencedores do Concurso Anexo da Biblioteca Nacional e, ainda que trabalhe em gestão pública há muitos anos, demostrou não ter perdido o olhar de arquiteta. “Quando cheguei ao evento, dois projetos (dos 36 expostos) me chamaram a atenção. Um deles (o do arquiteto Hector Vigliecca) foi o vencedor,” brincou.
Wanzeler envolveu-se durante parte da carreira com temas associados a arquitetura, especialmente durante os anos em que esteve na Caixa: “Lá, trabalhei com assuntos como Habitação, e, nos últimos 10 anos, em São Paulo, lidei com obras como a do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).”
A ministra falou sobre o projeto vencedor do Concurso Anexo da Biblioteca Nacional, promovido pela Fundação da Biblioteca Nacional e pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Rio de Janeiro (CDURP), com organização do IAB-RJ.
“A obra valoriza a área do porto e busca uma integração com a Baía (de Guanabara). Buscou-se no projeto, muito do que se procura em relação à iluminação natural. O prédio se destaca, será uma obra que chamará a atenção do público”, disse a ministra interina.
Ela falou, ainda, sobre a importância de um evento como o Congresso Mundial da União Internacional de Arquitetos (UIA) de 2020, que será realizado no Rio de Janeiro. A candidatura foi proposta pelo IAB, e o Rio de Janeiro disputou o direito de ser sede com Paris e Durban. “Sem dúvida, é de extrema relevância. Esse tipo de evento que o Brasil tem sediado, de grande porte, é fundamental para a imagem do país. Temos outros exemplos, como o Salão do Livro de Paris, que em 2015 homenageará o Brasil”, lembrou Wanzeler.
Fonte: Site IAB.